sexta-feira, junho 10, 2005

Gás Natural

A situação política instalada na Bolívia tornou ainda mais oportuna a questão da diversificação da matriz energética. O Brasil, após realizar um investimento de mais de 1 bilhão de dólares encontra-se em situação delicada. Isso porque a população boliviana, após inúmeros protestos, continua exigindo a nacionalização da exploração e produção de gás natural, mesmo após aprovação de Lei que aumenta a tributação sobre de 18% para 50% sobre as companhias de petróleo. Segundo o diretor exploração e produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, o Brasil cometeu um "erro estratégico" em depender tanto do gás boliviano, conforme noticiado no site ambientebrasil. Como consequências, já se prevê o desabastecimento de gás natural veicular e até mesmo para utilização industrial.
Nesse contexto, insere-se a discussão sobre a diversificação da matriz energética, onde o Brasil apesar de possuir uma enorme quantidade de bens naturais, não possui mecanismos de incentivo à exploração e produção dos biocombustíveis.
O Brasil é um potencial produtor de diversos tipos de biocombustíveis, entre eles o biodiesel e as energias eólica e solar, sendo que a energia hidrelétrica já é responsável por grande parte do abastecimento de energia no país.
Será que devemos investir em um tipo de combustível, que além de ser considerado não-renovável (finito), gera uma enorme dependência de fatores econômicos e político-institucionais de uma país como a Bolívia, por exemplo?