quinta-feira, junho 16, 2005

Florianópolis e os créditos de carbono

Florianópolis foi uma das 30 cidades selecionadas no Brasil, onde serão realizados estudos sobre o uso de lixões e aterros para produção de biogás e troca por créditos de carbono no mercado internacional. Isso é possível graças a um instrumento previsto no Protocolo de Kyoto, que é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Estima-se que o mercado de créditos de carbono atingirá mais de 10 bilhões de dólares ao ano. Foram selecionadas cidades com mais de 100.000 habitantes e com grande produção diária de resíduos.
O biogás é resultante da decomposição do lixo doméstico em aterros sanitários ou ainda da decomposição do esterco de gado, processado em biodigestores, que são tanques protegidos do contato com o ar atmosférico, onde a matéria orgânica contida nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias (que se desenvolvem em ambiente sem oxigênio). Além disso ele pode ser produzido por meio dos esgotos recolhidos pelas estações de tratamento. Entre suas principais utilizações estão a produção de energia elétrica e calor em co-geradores, ou ainda a produção de gás de cozinha, principalmente em zonas rurais. O biogás é visto como um estímulo à regulação de lixões, aterros sanitários, esgotos e também uma forma de aproveitar os rejeitos gerados no campo pela agroindústria.
Os estudos serão financiados pelo governo japonês em um montante de US$ 973 mil até o fim de 2006.