China, meio ambiente e os Jogos Olímpicos

Em mais uma medida que visa melhorar a imagem da China, as autoridades ordenaram que empresas de Pequim e outras cinco províncias vizinhas reduzam suas atividades industriais a partir de julho, para garantir uma melhor qualidade do ar durante os Jogos Olímpicos.

A medida restritiva inclui, além de Pequim, a metrópole de Tianjin, as províncias de Hebei, Mongólia Interior, Shanxi e Shandong.

A estratégia para melhorar a qualidade do ar de Pequim como um todo inclui ainda a adoção de um rodízio de carros, para diminuir o numero de veículos nas ruas, e o fechamento de 40 fábricas altamente poluentes até dezembro.

Como em todo evento internacional, o país-sede tenta maquiar a realidade que vive sua população, suas políticas sociais e ambientais. Tivemos o exemplo recente dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, e agora, vemos claramente a China tentar passar uma imagem que não corresponde a situação real.

Os países que abrigam eventos desse tipo, ao invés de maquiar a realidade, deveriam implementar de forma efetiva as políticas e investimentos previstos dos documentos de candidatura. A China deve muitas explicações ao mundo sobre a sua política ambiental, a liberdade de expressão e as condições de trabalho da sua população, entre outros assuntos relacionados aos Direitos Humanos.