terça-feira, fevereiro 14, 2006

O lado "positivo" da mudanças climáticas

O fenômeno das mudanças climáticas tem sido abordado de diferentes formas pelos especialistas. A grande maioria dos cientistas vem constatando um aumento da temperatura média global, o que de fato está provado em inúmeros estudos publicados por grandes centros internacionais de pesquisa .

Entretanto, esse aumento da temperatura e suas consequências começam ser vistos como um fator "benéfico" para alguns países. Isso porque áreas extremamente geladas e impróprias para agricultura, como na Rússia, se tornarão mais férteis. Outro fator é a tempereratura das águas, modificando também o fluxo das correntes e os habitas onde vivem às populações marinhas. Nesse sentido, podemos afirmar que o comportamento e a saúde das populações, se alteram consideravelmente devido às mudanças climáticas.

Um estudo recente sobre a redução de internações emergenciais associadas ao vírus respiratório sincicial, que causa infecção pulmonar, associada às mudanças climáticas, será publicado em breve por um grupo da University College London no endereço www.journals.uchicago.edu/CID/journal.

A diminuição de incidência de oenças relacionadas às mudanças climáticas é um fator bastante relevante no cenário das discussões internacionais, porém devemos estar atentos. No mesmo instante em que o aumento da temperatura pode diminuir a incidência de infecções, podem surgir outras doenças/infecções como salmonela ou doenças de pele, por exemplo. Esse fato exige uma rápida adequação dos sistemas de saúde às mudanças climáticas sob pena de se alastrarem epidemias de difícil controle.

O perigo está justamente no conflito de interesses que está em jogo com às mudanças climáticas. A prevalência de uma posição baseada no princípio da precaução se torna essencial, principalmente no momento atual, onde é travado um embate político bastante acirrado sobre as medidas a serem tomadas e as responsabilidades atribuídas à cada nação no combate às mudanças climáticas. Devemos "lutar" pelo equiíbrio das condições de vida do planeta, prevalecendo uma visão global e estratégica sobre interesses econômicos e políticos regionalizados, evitando assim colocar em risco o ecossistema global.