quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Preservação florestal torna-se tema central da ONU em 2011

Diante do cenário ambiental crítico, o desafio da ONU é aproximar cidadãos do mundo todo em torno de um projeto comum: preservar a mata, que cobre só 31% das terras do planeta. Maior reserva verde ainda está no Brasil.

O planeta deve registrar ainda em 2011 a marca de 7 bilhões de habitantes. À medida que a população se expande – e exige cada vez mais recursos naturais e espaço no globo –, a cobertura florestal se extingue. Atualmente, as florestas ocupam apenas 31% das áreas de terra do planeta.
É também em 2011 que as Nações Unidas decidiram promover o Ano Internacional das Florestas. Nesta quarta-feira (02/02), uma sessão em Nova York marca o início das atividades para "promover a consciência e fortalecer uma gestão, conservação e desenvolvimento sustentável", diz o órgão. O desafio, no entanto, é transformar essa aspiração em soluções práticas e estimular o envolvimento dos cidadãos que vivem nas cidades.
Na prática
As Nações Unidas estimam que 1,6 bilhão de pessoas dependam das florestas para sobreviver e que, no mundo todo, as matas sejam a casa de 300 milhões de indivíduos. Esse ambiente é o habitat de 80% da biodiversidade existente no planeta.
Apesar dos argumentos convincentes lançados pela ONU para estimular a preservação, o desmatamento ainda é um inimigo presente na busca pelo desenvolvimento sustentável. Um estudo da organização Conservação Internacional (CI) divulgado nesta quarta-feira, identificou as dez florestas mais ameaçadas do mundo – o Brasil aparece na lista com os apenas 8% que restaram da Mata Atlântica.
"As florestas não podem ser vistas apenas como um grupo de árvores, mas como fornecedores de benefícios vitais. Elas são importante fator econômico no desenvolvimento de diversas cidades, fornecendo madeira, alimento, abrigo e recreação, e possuem um potencial ainda maior que precisa ser percebido em termos de provisão de água, prevenção de erosão e remoção de carbono", argumenta Olivier Langrand, da CI. 
A derrubada da floresta também agrava os efeitos das mudanças climáticas, e é responsável por até 20% das emissões mundiais de gases do efeito estufa. 
Do Brasil para o mundo
A maior reserva de floresta tropical do mundo está em solo brasileiro – o bioma Amazônia ocupa 49% do território nacional. O ritmo de destruição acelerado parece ter se acalmado entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando os satélites que vigiam a floresta detectaram uma diminuição de 13,6% do desmatamento em relação ao período anterior.
Na fila de projetos do Congresso Nacional, no entanto, o polêmico plano que altera o Código Florestal vai na contramão do Ano Internacional das Florestas.
Entre as mudanças mais controversas estão a redução de 30 metros para 15 metros das áreas de preservação permanente nas margens de rios, a isenção de reserva legal para a agricultura familiar e o perdão para quem nunca obedeceu a legislação vigente. Ou seja, quem desmatou de forma criminosa não precisará pagar por isso.
Depois de 2011
Diante do cenário global ambiental pouco animador, a campanha internacional encabeçada pela ONU quer evidenciar também as desvantagens para a humanidade trazidas pela diminuição da área verde.
As Nações Unidas lembram que o desaparecimento das florestas coloca em xeque o abastecimento sustentável de água, o fornecimento de plantas medicinais à indústria da saúde – equivalente a 108 bilhões de dólares por ano–, o risco do aumento da propagação de doenças como malária. E, o que é mais ameaçador, a sobrevivência dos próprios seres humanos.
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer
Fonte: DEUTSCHE WELLE

 

 

Brasil ocupa 5º lugar no ranking mundial de construção sustentável

O Brasil ficou classificado em quinto lugar no mundo em construções sustentáveis graças aos vinte e três selos verdes emitidos pela Green Building Council Brasil. Entre os empreendimentos sustentáveis listados estão o Centro de Cultura Max Feffer, o Ecopatio Bracor Imigrantes e o Building the Future da Boehringer Ingelheim.

A Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental) foi a responsável por produzir o ranking, que avaliou o número de certificações de construções sustentáveis em 2010 como forma de premiação para os países mais bem colocados. O Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China, respectivamente.


Para a certificação destes empreendimentos, a Leed utiliza os selos verdes atestam características socioambientais a empresas, melhorando a aplicabilidade das construções e dos serviços.

Ainda em 2010, o Brasil já possuía cerca de 211 construções em processo de certificação, incluindo estádios de futebol, shoppings centers, bairros e escolas. A expectativa para este ano é que o número de 23 construções sustentáveis aumente para 58 edificações com selos verdes, além de listar mais 300 empreendimentos em processo de certificação.

Até 2006, só haviam 500 empreendimentos sustentáveis no mundo e hoje já são registrados cerca de 10 mil edifícios e mais de 1 milhão de residências sustentáveis. A evolução tem sido muito clara.

Nas construções certificadas pelo Leed o consumo de energia requerido é 30% menor, em média, e o de água cai entre 30 e 50%.Além disso, estes empreendimentos reutilizam água, usam tecnologias de aquecimento e geração de energia, reduzem a quantidade de lixo gerado e usam materiais ecologicamente corretos nas obras.

Fonte: Ambientebrasil