Vazamento de petróleo pode causar desastre ecológico no litoral da Patagônia

Uma mancha de petróleo de quatro quilômetros foi detectada na costa da província argentina de Chubut, Patagônia, o que pode provocar um desastre ecológico, informaram nesta quinta-feira (27) autoridades argentinas.

O vazamento foi comunicado na noite de quarta-feira (26) às autoridades da localidade de Caleta Córdova, 1.860 km ao sul de Buenos Aires, onde funciona um terminal portuário pelo qual são exportados 5,5 milhões de metros cúbicos de petróleo por ano.

Fonte: Globo on-line

Mistura do biodiesel passa a ser obrigatória em 2008

A partir de 1° de janeiro, terça-feira, passa a ser obrigatória a mistura de 2% de biodiesel ao diesel “convencional” vendido nos postos de todo o Brasil. Atualmente, 17.800 postos já utilizam o biodiesel.

Para atender essa demanda, são necessários aproximadamente 800 milhões de litros anuais, sendo que a capacidade produtiva do Brasil é estimada em 2,5 bilhões de litros, garantindo assim, o abastecimento dos consumidores tradicionais, além das frotas cativas.

Esse ano foram realizados os leilões que garantiram a compra de 380 milhões de litros de biodiesel, garantindo o abastecimento do primeiro semestre. Além disso, a Petrobrás já realizou a venda eletrônica para as distribuidoras, que por sua vez, devem efetuar a mistura e garantir a qualidade do produto.

No início desse processo, devemos atentar para dois fatores.

Os preços ao consumidor final devem ter um leve aumento, uma vez que o biodiesel ainda é mais caro que o diesel tradicional nas refinarias. Esse aumento seria de aproximadamente R$ 0,01 por litro. É um custo que nem deve ser questionado, uma vez que os ganhos ambientais serão consideráveis. No entanto devemos lembrar que a partir de 2012 teremos uma mistura de 8% de biodiesel.

O segundo fator está relacionado à fiscalização. Todo o biodiesel entregue às distribuidoras recebem um marcador, que é um produto químico que garante a qualidade do produto. Segundo o superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Edson Silva, a fiscalização nos postos será reforçada e se for identificado algum posto vendendo diesel sem a mistura, a bomba será lacrada.

CO2 também é negócio

Excelente matéria publicada edição de hoje na Internet do jornal espanhol “El País” sobre a incorporação da política de compensação de CO2 pelas grandes empresas.

Uma série de empresas passaram a adotar esse discurso promovendo campanhas que insinuam que ao comprar um produto de determinada empresa, a mesma estará compensando o impacto das emissões de CO2 através do plantio de árvores ou utilização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, ou seja, ao comprar um veículo da Volkswagen, provavelmente serão plantadas algumas árvores nos países em desenvolvimento.

Essa política de pagar para ter o direito de poluir é extremamente perigosa e serve apenas para estimular e manter as atuais políticas de produção e consumo, uma vez que apenas transferem o direito de poluir.

Além disso, não existem mecanismos de fiscalização dessas empresas que comprovem que tais políticas estão sedo realmente efetivadas. Para o Secretário Geral de Mudanças Climáticas do do Ministério do Meio Ambiente da Espanha, “Nos parece bien que muchas empresas y particulares asuman compromisos voluntarios de reducción de emisiones, pero la sociedad tiene derecho a saber cómo se está haciendo”.

Para acessar o artigo na íntegra, clique aqui.

Fundos “verdes” triplicam de tamanho

O patrimônio líqüido dos fundos de investimento que privilegiam empresas socialmente responsáveis passou de de R$ 500 milhões em 2006 para R$ 1,7 Bilhão em dezembro de 2007.

Grande parte desse crescimento vem do aumento da procura por investimentos seguros e de pessoas que passaram a se preocupar com a gestão das empresas nas quais pretende investir.

Outro fator que influenciou diretamente tal crescimento, foi a criação do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, inspirado no Dow Jones Sustentability Index, da Bolsa de Nova York.

As grandes instituições financeiras, como por exemplo, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e HSBC, já perceberam esse novo nicho de mercado e estão aproveitando a onda.

O mapa do caminho continua sem direção

Ao final de mais uma conferência internacional sobre mudanças climáticas, realizado em Bali, nenhum resultado concreto foi alcançado.

O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática não estabeleceu metas concretas para redução de emissões. A falta de comprometimento, especialmente dos países industrializados, vem se tornando sistemática e contribui negativamente para a credibilidade de encontros desse porte.

Enquanto o mundo clama por ações imediatas nas políticas que influenciam o clima, tais conferências se mostram ineficazes e muitas vezes enganosas.

A disputa entre os EUA, União Européia e os países em desenvolvimento parece não ter solução. O próximo encontro está previsto para acontecer no Havaí, em Fevereiro de 2008, onde espera-se mais uma vez, que os líderes mundiais apresentem à sociedade metas e resultados práticos, ao invés de promessas e falácias.

Um novo acordo, que entrará em vigor pós 2012, deverá começar a ser construído a partir de Março do ano que vem. E esperar para ver mais uma vez!!!

Somente três consórcios entregam as garantias financeiras do leilão da UHE Santo Antonio

A Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou hoje (30/11) a lista das empresas que aportaram as garantias para participação no leilão de energia da usina hidrelétrica Santo Antônio. Dos cinco inscritos nos últimos dias 22 e 23/11, somente três realizaram o depósito e retiraram as senhas para o acesso ao sistema do leilão. São eles: Consórcio Madeira Energia, Consórcio Energia Sustentável do Brasil (CESB) e o Consórcio de Empresas de Investimentos Santo Antonio (CEISA)

O Consórcio Norte Energia, formado pelas empresas Alupar Investimentos S/A (37,5%), Indústrias Metalúrgicas Pescarmona (15%), Schahin Holding (27,5%), UTC Engenharia (10%) e Schahin Engenharia (10%); e a estatal Eletronorte não realizaram o aporte de garantias e, portanto, estão fora do leilão.

Para os proponentes, as garantias corresponderam a 1% do valor do investimento. Esses parâmetros estão definidos na página 15 do edital.

Veja a relação das empresas que compõem cada consórcio apto e sua participação

1) CONSÓRCIO MADEIRA ENERGIA
Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura Ltda. (17,6%); Construtora Norberto Odebrecht S.A. (1%); Andrade Gutierrez Participações S/A. (12,4%); Cemig Geração e Transmissão S/A (10%); Furnas Centrais Elétricas S/A (39%) e Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia (FIP - formado pelos bancos Banif e Santander) (20%)

2) CONSÓRCIO ENERGIA SUSTENTÁVEL DO BRASIL – CESB
Suez Energy South América Participações Ltda. (51%); Eletrosul Centrais Elétricas S/A (49%).

3) CONSÓRCIO DE EMPRESAS INVESTIMENTOS DE SANTO ANTONIO – CEISA
Camargo Correa Investimentos em Infra-estrutura S/A (0,9%); Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF (49%); CPFL Energia S/A (25,05%); ENDESA Brasil S/A (25,05%).

A lista das concessionárias de distribuição, compradoras no leilão, será publicada daqui a pouco na página eletrônica da Aneel.

Cronograma – Na próxima terça-feira (04/12), os três participantes receberão o treinamento da sistemática do leilão e, no dia seguinte (05/12) vão participar da simulação, com dados fictícios, para estarem aptos a realizar o lance.

Fonte: ANEEL